Ah, o sentimento de segurança... Parece tão pequeno quando se fica longe do travesseiro. Mas se torna grande quando se está longe de um lugar frio. Da gélida sensação, do apalpar a parede desconhecida. Da inútil tentativa de se esquivar da dor na madrugada. A segurança se torna insegura. Quando aquele velho senhor se cobre em jornais, lá do outro lado da ilha, quando a noite bate, e o frio machuca. Ou quando as pessoas, em fila, entram no ônibus, no mesmo frio. Na mesma noite... na mesma segurança. Ahaaa!! O sentimento de segurança. Vista dessa janela tão alta, desse lugar tão indescritível. A lua que se levanta sobre as estrelas, as estrelas que se levantam sobre os arranha-céus, os arranha-céus que se levantam sobre a vida menina. Que do sentimento de segurança, torna-se a sua vaidade. Que do quarto pequeno e espelhado, pode-se ver o agir dessa noite. Ela abala e afugenta até os mais corajosos, que se escondem. Que se protegem, debaixo da sua própria segurança. Esse sentimento tão absurdo, que a vida menina avista desta pequena janela, quando olha a chuva cair diante daquela ponte... sobre aquele lugar. Ao se apoximar o Sol, que simplesmente invade este quarto espelhado, a velha senhora por nome "noite", se vê insegura, quando se perde a força diante dos raios deste pequeno lugar. Deste lugar tão adorável e tão poético, a selva de pedra. A segurança em sua própria forma de se dizer, inútil se torna, ao chamado do amanhecer...
Contribuição feita por André Luíz Flôres da Silva
Contribuição feita por André Luíz Flôres da Silva
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