sábado, 14 de março de 2009

Segurança...


Ah, o sentimento de segurança... Parece tão pequeno quando se fica longe do travesseiro. Mas se torna grande quando se está longe de um lugar frio. Da gélida sensação, do apalpar a parede desconhecida. Da inútil tentativa de se esquivar da dor na madrugada. A segurança se torna insegura. Quando aquele velho senhor se cobre em jornais, lá do outro lado da ilha, quando a noite bate, e o frio machuca. Ou quando as pessoas, em fila, entram no ônibus, no mesmo frio. Na mesma noite... na mesma segurança. Ahaaa!! O sentimento de segurança. Vista dessa janela tão alta, desse lugar tão indescritível. A lua que se levanta sobre as estrelas, as estrelas que se levantam sobre os arranha-céus, os arranha-céus que se levantam sobre a vida menina. Que do sentimento de segurança, torna-se a sua vaidade. Que do quarto pequeno e espelhado, pode-se ver o agir dessa noite. Ela abala e afugenta até os mais corajosos, que se escondem. Que se protegem, debaixo da sua própria segurança. Esse sentimento tão absurdo, que a vida menina avista desta pequena janela, quando olha a chuva cair diante daquela ponte... sobre aquele lugar. Ao se apoximar o Sol, que simplesmente invade este quarto espelhado, a velha senhora por nome "noite", se vê insegura, quando se perde a força diante dos raios deste pequeno lugar. Deste lugar tão adorável e tão poético, a selva de pedra. A segurança em sua própria forma de se dizer, inútil se torna, ao chamado do amanhecer...

Contribuição feita por André Luíz Flôres da Silva

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